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sábado, 8 de agosto de 2020

VOCÊ É BONITO (A)!

"A Beleza das coisas existe no Espírito de quem as contempla." (David Hume).

A Beleza do por do Sol em Campina Grande.

O famoso e saudoso ator francês Alain Delon, muito embora tenha sempre lutado para ser considerado um grande ator, foi reconhecido mais pela extrema beleza de que era possuidor, a ponto de, em certa época, quando um rapaz era tido como belo, muitos diziam que ele era um “Alain Delon.” Por outro lado, Jean-Paul Belmondo, também um nostálgico ator francês, era conhecido como o “Feio Bonito”, e seu sucesso era mais pela figura carismática do que pela beleza exterior, e nem por isso impediu que fosse considerado um símbolo sexual. Certa vez, uma conhecida minha encontrou Jean-Paul Belmondo em um voo internacional, tendo ela afirmado que realmente ele era um homem extremamente charmoso.

Não foi só a fama de ambos que atraiu os olhares femininos de forma concordante, pois existiam outros atores charmosos que não chamaram tanta atenção como eles. Nos exemplos demonstrados, constatamos que são dois homens de aparências diferentes, indicando que a beleza é algo bem relativo. Contudo, a segurança, a atitude e a confiança em si possuem muita força quando falamos sobre amor-próprio, no que tange a uma firme aceitação e contemplação do próprio físico.
Alguém pode estar estranhando a composição do presente texto, achando até mesmo insignificante para o contexto do mundo atual tão conturbado. Mas não é bem assim, pois, neste momento, em vários lugares, pessoas estão se achando feias, quando efetivamente não são.
Também se pode indagar: onde o autor pretende chegar?
O que eu quero demonstrar aqui é que ninguém é feio ou totalmente bonito, sendo necessário incutir no coração daquele que pensa negativamente a respeito de sua aparência um amor particular que supere qualquer indício de baixa autoestima.
Embora a beleza de alguém possa transparecer para muitos, ela não se tornará absoluta. Afirmo isso por uma simples constatação: “Por mais belo que sejas, alguém não achará isso.” O mais importante é reconhecermos que somos criação de Deus, e Ele não nos criou para nos acharmos “patinhos feios”. É coerente que não devemos ter a presunção de pensar que somos os mais bonitos do mundo; todavia, é apropriado possuir uma autoestima adequada, em vez do descrédito pessoal, o qual consubstanciará no desequilíbrio do ser.
Reconhecemos alguém que lida bem com sua estima ao receber um simples elogio, onde tal pessoa é chamada de bonita. Um “obrigado” já serve como agradecimento necessário e equilibrado. Realçamos que uma resposta diferente dessa, ou seja: “Não mereço tanto” e “não me acho assim”, ou ainda, não responder nada, sendo indiferente ao elogio, num exercício de altivez exagerada, incitará uma ligeira desconfiança de que o indivíduo oculta em seu interior uma apreciação própria negativa.
Recentemente, tive duas experiências interessantes nesta área, quando elogiei duas mulheres. Na primeira, chamei-a de linda em um tratamento carinhoso, e, de fato, ela era bonita. No entanto, ela rebateu de forma surpresa: “Eu não sou linda.” Eu não a contraditei densamente e apenas afirmei: “Se você não se acha, o que eu posso fazer?” Já a segunda, tratei-a de charmosa, e ela respondeu: “Não me acho assim.” Confirmo aqui que, ao chamá-las, respectivamente, de “linda” e “charmosa”, fui verdadeiro em minhas afirmações, já que uma realmente era, pelo aspecto físico, “bela”, enquanto a outra não era tão bonita, mas era realmente “charmosa”. As respostas de ambas aos elogios denotaram que elas não possuíam uma autoestima apropriada. Afirmo isso com base em uma clara verificação: não consigo conceber que elas nunca foram elogiadas, levando a uma conceituação básica e especial de que, na maioria das vezes, a beleza é um estado de espírito.
Atesto aqui que já me achei feio quando jovem e, depois, passei a me ver de forma ponderada, tanto psicologicamente quanto, em especial, no âmbito espiritual. Aprendi a me apreciar do jeito que sou, achando-me bonito (por que não?). Se alguém, por ventura, me achar feio, de nada me atingirá, pois, como bem afirmou Eleanor Roosevelt: “Ninguém pode te fazer sentir inferior sem o seu consentimento.”
Em minhas observações cotidianas sobre o tema, tenho apurado que aqueles que lidam bem com sua autoestima não desdenham de ninguém; ou melhor, não se preocupam em demasia com a própria beleza ou a do semelhante, já que simplesmente se gostam e não dão a mínima para o que os outros acham. Quem se sente satisfeito nessa área não procura classificar alguém como feio ou que não é bonito. Aqueles que agem contrariamente ao bom senso transferem o que intimamente sentem para os outros, fazendo com que um “fraco impressionável” receba um peso que não lhe pertence.
Valorize-se e cuide do seu corpo, com os cuidados adequados e sem exagero, não esquecendo, acima de tudo, de fortalecer o interior, já que este, quando é feio, te prejudicará muito.
Assim, desenvolva sua espiritualidade junto ao Senhor Jesus, colocando no coração que: "Deus criou o homem à sua imagem" (Gênesis 1.27); e, por você ser semelhança de Deus, creia que reflete um pouco da glória Dele e, em meio às suas imperfeições: DEUS VÊ BELEZA EM TI E UM GRANDE POTENCIAL.
Você é bonito(a) e ponto final, já que Deus não criou nada feio.


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