O famoso e saudoso ator francês
Alain Delon, muito embora tenha sempre lutado para ser considerado um grande
ator, foi reconhecido mais pela extrema beleza de que era possuidor, a ponto
de, em certa época, quando um rapaz era tido como belo, muitos diziam que ele
era um “Alain Delon.” Por outro lado, Jean-Paul Belmondo, também um nostálgico
ator francês, era conhecido como o “Feio Bonito”, e seu sucesso era mais pela figura
carismática do que pela beleza exterior, e nem por isso impediu que fosse
considerado um símbolo sexual. Certa vez, uma conhecida minha encontrou
Jean-Paul Belmondo em um voo internacional, tendo ela afirmado que realmente
ele era um homem extremamente charmoso.
Não foi só a fama de ambos que
atraiu os olhares femininos de forma concordante, pois existiam outros atores
charmosos que não chamaram tanta atenção como eles. Nos exemplos
demonstrados, constatamos que são dois homens de aparências diferentes,
indicando que a beleza é algo bem relativo. Contudo, a segurança, a atitude e a
confiança em si possuem muita força quando falamos sobre amor-próprio, no que
tange a uma firme aceitação e contemplação do próprio físico.
Alguém pode estar
estranhando a composição do presente texto, achando até mesmo insignificante
para o contexto do mundo atual tão conturbado. Mas não é bem assim, pois, neste
momento, em vários lugares, pessoas estão se achando feias, quando efetivamente
não são.
Também se pode
indagar: onde o autor pretende chegar?
O que eu quero
demonstrar aqui é que ninguém é feio ou totalmente bonito, sendo necessário
incutir no coração daquele que pensa negativamente a respeito de sua aparência
um amor particular que supere qualquer indício de baixa autoestima.
Embora a beleza de
alguém possa transparecer para muitos, ela não se tornará absoluta. Afirmo isso
por uma simples constatação: “Por mais belo que sejas, alguém não achará isso.”
O mais importante é reconhecermos que somos criação de Deus, e Ele não nos
criou para nos acharmos “patinhos feios”. É coerente que não devemos ter a
presunção de pensar que somos os mais bonitos do mundo; todavia, é apropriado
possuir uma autoestima adequada, em vez do descrédito pessoal, o qual
consubstanciará no desequilíbrio do ser.
Reconhecemos alguém
que lida bem com sua estima ao receber um simples elogio, onde tal pessoa é
chamada de bonita. Um “obrigado” já serve como agradecimento necessário e
equilibrado. Realçamos que uma resposta diferente dessa, ou seja: “Não mereço
tanto” e “não me acho assim”, ou ainda, não responder nada, sendo indiferente
ao elogio, num exercício de altivez exagerada, incitará uma ligeira
desconfiança de que o indivíduo oculta em seu interior uma apreciação própria
negativa.
Recentemente, tive duas
experiências interessantes nesta área, quando elogiei duas mulheres. Na
primeira, chamei-a de linda em um tratamento carinhoso, e, de fato, ela era
bonita. No entanto, ela rebateu de forma surpresa: “Eu não sou linda.” Eu não a
contraditei densamente e apenas afirmei: “Se você não se acha, o que eu posso
fazer?” Já a segunda, tratei-a de charmosa, e ela respondeu: “Não me acho
assim.” Confirmo aqui que, ao chamá-las, respectivamente, de “linda” e
“charmosa”, fui verdadeiro em minhas afirmações, já que uma realmente era, pelo
aspecto físico, “bela”, enquanto a outra não era tão bonita, mas era realmente
“charmosa”. As respostas de ambas aos elogios denotaram que elas não possuíam
uma autoestima apropriada. Afirmo isso com base em uma clara verificação: não
consigo conceber que elas nunca foram elogiadas, levando a uma conceituação
básica e especial de que, na maioria das vezes, a beleza é um estado de
espírito.
Atesto aqui que já me
achei feio quando jovem e, depois, passei a me ver de forma ponderada, tanto
psicologicamente quanto, em especial, no âmbito espiritual. Aprendi a me
apreciar do jeito que sou, achando-me bonito (por que não?). Se alguém, por
ventura, me achar feio, de nada me atingirá, pois, como bem afirmou Eleanor
Roosevelt: “Ninguém pode te fazer sentir inferior sem o seu consentimento.”
Em minhas observações
cotidianas sobre o tema, tenho apurado que aqueles que lidam bem com sua
autoestima não desdenham de ninguém; ou melhor, não se preocupam em demasia com
a própria beleza ou a do semelhante, já que simplesmente se gostam e não dão a
mínima para o que os outros acham. Quem se sente satisfeito nessa área não
procura classificar alguém como feio ou que não é bonito. Aqueles que agem
contrariamente ao bom senso transferem o que intimamente sentem para os outros,
fazendo com que um “fraco impressionável” receba um peso que não lhe pertence.
Valorize-se e cuide
do seu corpo, com os cuidados adequados e sem exagero, não esquecendo, acima de
tudo, de fortalecer o interior, já que este, quando é feio, te prejudicará
muito.
Assim, desenvolva sua
espiritualidade junto ao Senhor Jesus, colocando no coração que: "Deus
criou o homem à sua imagem" (Gênesis 1.27); e, por você ser semelhança de
Deus, creia que reflete um pouco da glória Dele e, em meio às suas
imperfeições: DEUS VÊ BELEZA EM TI E UM GRANDE POTENCIAL.
Você é bonito(a) e
ponto final, já que Deus não criou nada feio.
Blz cumpade! 👏👏👏
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