"A Beleza das coisas existe no Espírito de quem as contempla." (David Hume).
Alain Delon é um célebre e famoso artista francês, e muito embora tenha sempre lutado para ser considerado um grande ator, foi reconhecido mais pela extrema beleza de que era possuidor, a ponto de certa época, quando um rapaz era tido como belo, muitos diziam que ele era um “Alain Delon.” Por outro lado, Jean Paul Belmondo, também outro ator francês, era conhecido como o “Feio Bonito”, e seu sucesso era mais pela figura carismática do que pela beleza exterior, e nem por isso, impediu que fosse considerado um símbolo sexual. Certa vez uma conhecida minha encontrou Jean Paul Belmondo num voo internacional, tendo ela afirmado, que realmente ele era um homem extremamente charmoso. Não é o fato deles serem famosos que atraíram os olhares femininos de forma uníssona,1 pois existiam outros atores bonitos e feios, que não chamaram tanta atenção como eles, e nem fizeram sucesso como estereótipo2 de homem muito atraente naquele período. Nos exemplos demonstrados, constatamos que são dois homens de aparências diferentes, indicando que beleza é algo bem relativo, contudo a segurança, atitude e confiança em si, possui muita força, quando falamos sobre amor próprio, no que tange a uma firme aceitação e contemplação do próprio físico.
Alguém pode estar estranhando a composição da presente mensagem, achando até mesmo insignificante para o contexto do mundo atual tão conturbado. Mas não é bem assim, pois neste momento em vários lugares, pessoas estão se achando feias, quando efetivamente não são.
Também pode-se perguntar: Onde o autor pretende chegar?
O que eu quero demonstrar aqui, é que ninguém é feio ou totalmente bonito, sendo necessário incutir no coração daquele que pensa negativamente a respeito de sua aparência, um amor particular que supere qualquer indício de baixa autoestima.
Embora a beleza de alguém possa transparecer para muitos, ela não se tornará absoluta. Afirmo isto por uma simples constatação: “Por mais belo que sejas, alguém não achará isso.” O mais importante é reconhecermos que somos criação de Deus, e Ele não nos criou para nos acharmos “patinhos feios”. É coerente que não devemos ter a presunção de pensarmos que somos o mais bonito do mundo, todavia é apropriado possuir uma adequada autoestima, ao invés do descrédito pessoal, o qual consubstanciará no desequilíbrio do ser.
Reconhecemos alguém que lida bem com sua estima, no recebimento de um elogio, onde tal pessoa é chamada de bonita. Um simples obrigado, já serve como agradecimento necessário e por demais equilibrado. Realçamos que resposta diferente desta, ou seja: Não mereço tanto, e não me acho assim; ou ainda, não responder nada, sendo indiferente ao elogio, num exercício de altivez exagerada, incitará a uma ligeira desconfiança, de que o indivíduo oculta no interior uma apreciação negativa de si próprio.
Recentemente tive duas experiências interessantes nesta área, quando elogiei duas mulheres. A primeira chamei-a de linda num tratamento carinhoso, e de fato ela era bonita, quando a mesma rebateu de forma surpresa: - “Eu não sou linda”; e eu não a contraditei densamente, e apenas afirmei: “Se você não se acha, o que eu posso fazer?” Já a segunda, tratei-a de charmosa, e ela respondeu: “Não me acho assim.” Confirmo aqui que ao chama-las respectivamente de “linda” e “charmosa” fui verdadeiro em minhas afirmações, já que uma realmente era pelo aspecto físico “bela”, já a outra não tão bonita, mas realmente “charmosa”, e as respostas de ambas para os elogios denotaram que elas não possuíam uma autoestima apropriada. Afirmo isso, por uma simples verificação: Não consigo conceber que elas nunca foram elogiadas, me levando a uma conceituação básica e especial, que na maioria das vezes a beleza é um estado da alma.
Afirmo que já me achei feio quando jovem, e depois ao me ver de forma ponderada, tanto psicologicamente, e em especial no âmbito espiritual, aprendi a me apreciar do jeito que sou, me achando bonito (Por que não?) e se alguém por ventura me achar feio, de nada me atingirá, pois como bem afirmou Eleanor Roosevelt: “Ninguém pode te fazer sentir inferior sem o seu consentimento.” Em minhas observações cotidianas, tenho apurado que aqueles que lidam bem com sua estima, não desdenham de ninguém, ou melhor, não se atentam em demasia com a própria beleza ou do semelhante, já que simplesmente se gostam, e não dão a mínima para que os outros acham. O satisfeito consigo próprio, não procura classificar alguém de feio, ou que não é bonito. Aqueles que agem contrariamente ao bom senso nesta área, transferem o que intimamente sentem para os outros, fazendo com que um “fraco impressionável” receba um peso que não lhe pertence.
Valorize-se, e cuide do teu corpo, com os cuidados atinentes ao mesmo e sem exagero, não esquecendo acima de tudo de fortalecer o interior, já que este quando é feito, te prejudica em muito. Assim, desenvolva tua espiritualidade junto ao Senhor Jesus, colocando no coração que: "Deus criou o homem à sua imagem" (Gênesis 1.27); e por você ser semelhança de Deus, creia que refletes um pouco da glória Dele, e em meio as suas imperfeições: DEUS VÊ BELEZA EM TI E UM GRANDE POTENCIAL.
És bonito (a) e ponto final, já que Deus não criou nada feio!
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1 Concordante, coesa.
2 Modelo, padrão básico.
Blz cumpade! 👏👏👏
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