Sou
atento ao que acontece ao meu redor, e tal sentido aguçou-se ainda mais
quando passei a escrever com regularidade. Entendo que a OBSERVAÇÃO para compor, chega até mesmo ser uma obrigação de qualquer cronista. E
no amparo desta compreensão íntima, observei um indivíduo "notoriamente reconhecido" como competente em seu campo de atuação, todavia "inexperiente" a respeito de outros fatores existenciais. Eis que por falta de controle emocional ele
colocou tudo a perder na área profissional por não controlar a ira e a impulsividade, e o seu empreendimento na época fracassou plenamente.
Será que ele pediu
conselho a alguém?
Não tenho como saber, pois não lhe sou próximo,
todavia creio que se tivesse uma pessoa experiente e sábia junto dele,
poderia até ter sido ajudado por "um simples, mas eficaz conselho". E admitamos que ele tivesse recebido bons conselhos, e por ser teimoso não atendeu, daí o erro teria sido ainda maior.
Tem um dito popular o qual preceitua: "Se conselho fosse bom não se dava, se vendia"; o que discordo prontamente, pois relega uma recomendação relevante ao segundo plano, tentando mercantilizar algo tão sublime e auxiliador. Na Bíblia em Provérbios 19.29 (Versão NVI) indica que devemos: "Ouvir conselhos e aceitar instruções, e assim nos tornaremos sábios." Existem várias referências bíblicas atestando a utilidade do CONSELHO, mas o versículo acima já basta para entendermos a importância de uma advertência.
Um conselho independe da faixa etária de quem vai receber. Alguém pode ter 50 anos de idade ou mais, e no momento de uma decisão importante estar emocionalmente envolvido, sem condições de atinar com a razão. Daí será necessário uma mente livre e experimentada para ajudá-lo, através de um conselho racional e destituído de amarras emocionais.
O tolo* acha que tudo o que pensa é certo, mas o ajuizado age sabiamente ao pedir conselhos. O imprudente e arrogante entende que não precisa perguntar nada a ninguém e daí sofre por seus atos inconsequentes. Já o temente a Deus reconhece num ato de franca humildade que não conhece tudo e não terá nenhuma vergonha em perguntar a alguém mais experimentado na área em que não é conhecedor.
Tenho reparado que quem mais precisa de conselhos é justamente aquele que pensa não necessitar. Este indivíduo ao pensar que sabe tudo e que não carece de uma opinião, estará fadado** ao fracasso. Fui jovem e reconheço que a juventude impulsiona uma SENSAÇÃO de conhecimento geral. Como muito se diz: "Alguns jovens se acham"; e por isso mesmo cometem erros, ao não pedirem ou atenderem os conselhos dos pais ou dos mais velhos. Eles deviam reconhecer que os pais são mais experientes e já conhecem os caminhos sinuosos *** da vida. A maturidade vem com o tempo, e não por uma "ilusória" sabedoria que os moços pensam ter. Se alguém mais experiente precisa de conselho, imaginemos o jovem.
Acredito que não fracassarás, quando te sujeitares aos conselhos de alguém sábio e ajuizado, já que disporás de maior possibilidade de acerto.
E uma advertência final: "A inteligência humana ou artificial não tem como sobrepor o CONSELHO DIVINO nem aqueles que o SENHOR usa para avisar ou orientar".
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*Tolo é uma definição para quem age com ingenuidade, de maneira infundada e boba. Também é considerado tolo aquele indivíduo que age com muita vaidade sem perceber suas próprias falhas. Na Bíblia os que não se interessavam em obter sabedoria, eram considerados tolos ou insensatos.
** Destinado.
*** No sentido de: tortos, duvidosos, venenosos, traiçoeiros.