Conviver não é algo fácil, pois denota uma complexidade de situações. Numa convivência normal pessoas se conhecem, com instruções, religiões, posicionamentos de vidas e condições sociais nem sempre similares. E de uma forma interessante tornam-se amigos, e que em circunstâncias mais íntimas até iniciam um relacionamento amoroso. Todavia, a convivência possui particularidades que podem apontar para um companheirismo prolongado ou um rompimento instantâneo, dependendo dos cenários existenciais evidenciados.
Para tanto, devemos ter bastante cuidado ao conhecermos alguém, especialmente quando essa pessoa aparece do nada. É importantíssimo atentarmos para comportamentos, especialmente os estranhos que dissociam daquilo que é lógico, natural e sensato.
Então, aqui observaremos algumas peculiaridades negativas que devem ser levadas em conta, quando conhecemos alguém, senão vejamos:
1. FOFOCA:
Há uma frase atribuída a Sigmund Freud, o criador da Psicanálise, que preceitua: "Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo." Pois bem, a fofoca quando é disseminada, evidencia mais a incorreção de comportamento do agente do que da vítima do falatório. Observes bem ao conheceres alguém e se ele é praticante de fuxicos. Uma pessoa correta não se presta a falatórios inconsequentes e por vezes mentirosos. Essa particularidade deve ser levada em consideração ao conviveres com alguém.
2. PROVOCADOR DE DISCÓRDIAS:
Aquele que provoca discórdias entre semelhantes é um sujeito perigoso. É o chamado "Leva e Traz",* pois joga dos dois lados! Escolhe um defeito ou aspecto falho de alguém e expõe para outra pessoa, agindo de forma recíproca provocando "desencontros" entre semelhantes. Atentem bem para a seriedade e malignidade desse ato, já que em Provérbios 6.16-19 é indicado que seis coisas Deus odeia e a sétima abomina que é: "Semear contenda entre semelhantes." O contexto deve ser muito sério, para Deus detestar algo. Como um bom exemplo do provocador de discórdias tem-se: aquele que "interiormente" não te suporta, e fala para outro que você não gosta dele, e vice-versa. A discórdia estará implantada, a não ser que um dos envolvidos possua a maturidade suficiente para rechaçar de imediato a intenção maldosa de um coração emocionalmente desorientado.
3. ATO FALHO:
Discernir um ato falho nem sempre é fácil, mas também não é tão complexo. Se alguém é possuidor de um razoável conhecimento das "emoções humanas" conseguirá distinguir um ato falho quando surgir e remediar possíveis problemas para o futuro. É importante advertir que tal particularidade na convivência deve ser averiguada costumeiramente, sem, no entanto, tornar-se algo excessivo.
Um ato falho é um erro ou deslize que ocorre no discurso ou em ações, revelando conteúdos inconscientes que estão sendo reprimidos ou negados. Sigmund Freud descreveu pela primeira vez o ATO FALHO no seu livro "A Psicopatologia de uma vida cotidiana".
Trazendo o tema para uma linguagem mais simples, exemplifico uma circunstância que denota um ato falho, que é: "Num relacionamento amoroso alguém chamar o parceiro com outro nome". Se ocorrer uma só vez nada demais, porque somos humanos e erramos. Todavia se acontecer mais vezes é necessário se ligar, pois alguém não está agindo com sinceridade.
Assim, observe o ato falho como um importante sinal a ser analisado.
4. MENTIRA:
A mentira influencia negativamente qualquer conjuntura. O mentiroso deve ser plenamente evitado. Ter amizade com alguém que mente compulsivamente é um "perigo ambulante". A inverdade é algo tão desprezível que o seu criador é o diabo, que é denominado como o pai da mentira (João 8.44).
A mentira não deve ser admitida em hipótese nenhuma. Alguns defendem uma mentira alegando que ela foi inofensiva e necessária. Não existe isso de mentira pequena, e o que diferenciará da grande será só o tamanho da consequência do ato, porém o ERRO será o mesmo.
5. FALSIDADE:
Quem age com falsidade é uma pessoa perigosa, pois através de um "pseudo" comportamento afável, denota um desequilíbrio comportamental que pode prejudicar o mais desavisado. É na repetição de atitudes fingidas que indicam o possuidor de tal defeito, já que o falso é repetitivo em suas artimanhas. E desta forma, todo o discernimento possível deve ser buscado por aquele que intenta evitar o dissimulado.
É importante destacar que a falsidade em alguns casos pode até parecer com a verdade, através de argumentações impressionantes, entretanto não passará no teste da veracidade comportamental. A pessoa que age com fingimento, um dia será desmascarada e cabe tão somente a ti distinguir com rapidez a real intenção do falso e erradicá-lo de tua vida, pois quem mais perderá nesta convivência será você.
Evidente que existem outras particularidades nocivas contra uma convivência equilibrada, todavia essas representam as mais perigosas e que no advento delas tornarão qualquer relacionamento infrutífero e condenado ao fracasso. Ao tomarmos certas precauções, poderemos evitar as más consequências de uma convivência temerária. Por outra perspectiva, aquele que age contrariamente as características negativas aqui evidenciadas, ou seja, quando alguém é Discreto, Conciliador, Sincero, Verdadeiro e Confiável, tal amizade deve ser buscada e tê-lo como companheiro de jornada, já que são pessoas dignas de se ter por perto, e não esqueça que normalmente: ATITUDES REPETIDAS DEMONSTRAM A VERDADEIRA CONDUTA.
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*Pessoas que fazem inimizade entre as pessoas
levando e trazendo informações nem sempre verdadeira, deixando os envolvidos em
maus lençóis.