Cismar é ter certa
ideia ou opinião e não abandoná-la; meter na cabeça, insistir em fazer algo;
teimar. Exemplo: Maria cismou que João não merecia a menor confiança.
O verbo cismar tem
origem na palavra “cisma”, que pode se referir a uma divisão ou desconfiança.
No contexto bíblico e eclesiástico, cisma significa uma ruptura ou separação
dentro de um corpo religioso. Em geral, cismar evidencia uma desconfiança, e,
se ela for inoportuna, incoerente, confusa e destituída de uma causa
lógica e aparente, não será construtiva.
Mas, quando cismar é
bom?
Quando for baseada em
sinais já confirmados, oportunizando uma defesa contra aquilo que já foi
demonstrado sobejamente* de maneira aparente ou nas entrelinhas. É aquele
contexto em que se conhece alguém, quando o mistério e as contradições se
avolumam no relacionamento. Então, cismar deve fazer parte do contexto de
defesa, já que ocorrências negativas são evidenciadas e, se não forem
interrompidas, podem comprometer o futuro de uma pessoa. A suspeita, desde que seja fundada em
algo concreto, não deve ser deixada de lado.
Aquilo que
regularmente chamamos de “intuição” pode ajudar muito, especialmente se
levarmos em conta o equilíbrio de pensamento, bem como a constância de um
comportamento irregular de terceiros, levando a uma forte desconfiança. O inventor Thomas Edison
declarou que a melhor visão é a intuição. Devemos considerar uma forte
impressão sobre algo ou alguém, notadamente se tivermos outros dados que
amplifiquem racionalmente, o que estamos sentindo.
Muitos foram salvos
de um grande perigo por cismarem em situações “melindrosas” que nem sempre
poderiam ser detectadas rapidamente. Como um exemplo marcante, tem-se aquele
episódio em que uma mulher cisma em um local desabitado, relativo a um homem
que vem de encontro a ela em caminho oposto, e daí acontece uma desconfiança
por parte dela, quando apressa o passo e muda de calçada. Nem sempre acertamos no que pensamos,
mas tal ação no momento apropriado pode ser de enorme valia e, como no caso
exemplificado, pode livrar alguma pessoa de um grande perigo. Algo maléfico
pode até não se concretizar, mas, se cismar, corra!
A intuição, às vezes,
não depende de um raciocínio consciente ou lógico, pois geralmente baseia-se em
insights,** quando aquela voz interna brada: NÃO
VÁ POR AÍ, fornecendo o senso de que algo não está certo. É um sussurro sutil
que nos guia, que, por vezes, não tem nenhuma explicação plausível.
É importante informar
que só o CISMAR não garante o sucesso de algo, já que, como já mencionado,
podemos errar, pois somos humanos. Se você cismar com uma determinada situação
e se a decisão não exigir imediatismo, medite, ore e creia NAQUELE que fornece
a verdadeira intuição ao coração, que é DEUS. Esta sabedoria se manifesta na
forma de uma advertência interior e inequívoca, alertando através de uma paz
interna e guiando-o para a melhor decisão.
No livro bíblico de
Jó no capítulo 28 e versículo 36, ocorre um questionamento singular: “Quem dá
intuição (sabedoria) ao coração e instinto (entendimento) à mente?"
Deus é a resposta,
pois Ele é a fonte de sabedoria. Devemos confiar no SENHOR de todo o coração e
não nos apoiar no próprio entendimento; reconhecendo Deus em todos os caminhos,
e Ele endireitará as nossas veredas.
Assim, se cismar com algo, não deixe de levar isso em consideração.
Se tiver tempo para uma análise mais ponderada, espere por uma confirmação
divina, que colocará em seu coração o que é melhor a se fazer. Contudo, se
exigir uma deliberação rápida: FUJA DO QUE CISMAR, ATÉ QUE SE PROVE O
CONTRÁRIO.
______________
*Excessivamente, demasiadamente.
**Lampejos, estalos, percepções, discernimentos.

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