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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

QUANDO CISMAR É BOM?

Cismar é ter certa ideia ou opinião e não abandoná-la; meter na cabeça, insistir em fazer algo; teimar. Exemplo: Maria cismou que João não merecia a menor confiança.
O verbo cismar tem origem na palavra “cisma”, que pode se referir a uma divisão ou desconfiança. No contexto bíblico e eclesiástico, cisma significa uma ruptura ou separação dentro de um corpo religioso. Em geral, cismar evidencia uma desconfiança, e, se ela for inoportuna, incoerente, confusa e destituída de uma causa lógica e aparente, não será construtiva.
Mas, quando cismar é bom?
Quando for baseada em sinais já confirmados, oportunizando uma defesa contra aquilo que já foi demonstrado sobejamente* de maneira aparente ou nas entrelinhas. É aquele contexto em que se conhece alguém, quando o mistério e as contradições se avolumam no relacionamento. Então, cismar deve fazer parte do contexto de defesa, já que ocorrências negativas são evidenciadas e, se não forem interrompidas, podem comprometer o futuro de uma pessoa. A suspeita, desde que seja fundada em algo concreto, não deve ser deixada de lado.
Aquilo que regularmente chamamos de “intuição” pode ajudar muito, especialmente se levarmos em conta o equilíbrio de pensamento, bem como a constância de um comportamento irregular de terceiros, levando a uma forte desconfiança. O inventor Thomas Edison declarou que a melhor visão é a intuição. Devemos considerar uma forte impressão sobre algo ou alguém, notadamente se tivermos outros dados que amplifiquem racionalmente, o que estamos sentindo.
Muitos foram salvos de um grande perigo por cismarem em situações “melindrosas” que nem sempre poderiam ser detectadas rapidamente. Como um exemplo marcante, tem-se aquele episódio em que uma mulher cisma em um local desabitado, relativo a um homem que vem de encontro a ela em caminho oposto, e daí acontece uma desconfiança por parte dela, quando apressa o passo e muda de calçada. Nem sempre acertamos no que pensamos, mas tal ação no momento apropriado pode ser de enorme valia e, como no caso exemplificado, pode livrar alguma pessoa de um grande perigo. Algo maléfico pode até não se concretizar, mas, se cismar, corra!
A intuição, às vezes, não depende de um raciocínio consciente ou lógico, pois geralmente baseia-se em insights,** quando aquela voz interna brada: NÃO VÁ POR AÍ, fornecendo o senso de que algo não está certo. É um sussurro sutil que nos guia, que, por vezes, não tem nenhuma explicação plausível.
É importante informar que só o CISMAR não garante o sucesso de algo, já que, como já mencionado, podemos errar, pois somos humanos. Se você cismar com uma determinada situação e se a decisão não exigir imediatismo, medite, ore e creia NAQUELE que fornece a verdadeira intuição ao coração, que é DEUS. Esta sabedoria se manifesta na forma de uma advertência interior e inequívoca, alertando através de uma paz interna e guiando-o para a melhor decisão.  
No livro bíblico de Jó no capítulo 28 e versículo 36, ocorre um questionamento singular: “Quem dá intuição (sabedoria) ao coração e instinto (entendimento) à mente?"
Deus é a resposta, pois Ele é a fonte de sabedoria. Devemos confiar no SENHOR de todo o coração e não nos apoiar no próprio entendimento; reconhecendo Deus em todos os caminhos, e Ele endireitará as nossas veredas.
Assim, se cismar com algo, não deixe de levar isso em consideração. Se tiver tempo para uma análise mais ponderada, espere por uma confirmação divina, que colocará em seu coração o que é melhor a se fazer. Contudo, se exigir uma deliberação rápida: FUJA DO QUE CISMAR, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO.

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*Excessivamente, demasiadamente.

**Lampejos, estalos, percepções, discernimentos.

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