Há um contexto vivencial em que o homem não se harmoniza bem, que é o de “encerrar ciclos”, seja em qual área da existência for. Mas por que isso acontece?
Justamente
por colocar fim a certas coisas das quais já estamos por demais habituados e
que, por vezes, não queremos romper, em face do receio de terminar aquilo que
pensamos ser um benefício para a nossa vida, mesmo que não seja mais. Existem
realidades que nos fazem mal, mas já estamos tão familiarizados que nos
recusamos a interromper. Acostumar-se a algo, mesmo que seja danoso, cria uma
“zona de conforto”, que pode ser difícil de deixar.
Há
relacionamentos que não nos fazem bem e que, em face de uma inquietude do
espírito ou por outros fatores, devem ser encerrados. Isso deve ser feito de
uma maneira tranquila, mas esse posicionamento precisa ser efetivado. Alguém
pode ter uma amizade de muito tempo e, inesperadamente, descobrir um forte
defeito ou discernir algo que desconhecia, e não consegue mais conviver com a pessoa. Daí,
o ciclo deste relacionamento deve ser encerrado, sob pena de trazer
contrariedades futuras ou maiores decepções.
Bom
seria que continuássemos com os mesmos amigos da infância e juventude, mas não
é assim que a engrenagem da vida se movimenta. Certa vez, entrei em um grupo de
amigos de escola no WhatsApp do “antigo segundo grau”, o qual foi oficialmente
substituído no Brasil por “ensino médio”. Ocorre que não passei mais de uma semana
nesta comunidade, pois os comportamentos daquelas pessoas eram inteiramente
diferentes dos que convivi no passado, os quais não possuía mais a mínima afinidade. O que identificava neles como postura de
vida não era mais vigente,👇 já que pareciam outros indivíduos. Daí, entendi
que meu ciclo com eles tinha se encerrado. Se encontrar alguns, cumprimento
alegremente, mas decididamente a etapa existencial referente àquela turma
findou.
É difícil entender e aceitar certas coisas. Qualquer tipo de
rompimento de ciclos é custoso, mas é, por demais, imprescindível em certos
casos, até para tomarmos novas deliberações ou mesmo para tornarmos a vida
melhor e mais coerente com os nossos princípios.
Muitos devem concluir
certas fases da existência, como possíveis mudanças na área profissional,
erradicar relacionamentos nocivos ou ainda hábitos inadequados que precisam ser
eliminados, para que algo novo possa ocorrer. Uma etapa recente pode até trazer
temor do desconhecido e causar certo incômodo; todavia, é fundamental para o
crescimento pessoal.
Foque sua caminhada
no hoje e não perca tempo sofrendo pelo fim de uma fase que definitivamente
passou. O descontentamento fará parte deste momento de transição. Mas é
essencial tratar isso adequadamente, pois o que passou, passou. Bola para
frente e supere aquilo que findou, não se afetando com tal contexto e colocando
no coração duas promessas maravilhosas da parte de Deus:
- Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro (Jeremias 29.11);
- Pois, certamente, haverá futuro e a sua esperança não será frustrada. (Provérbios 23.18).
Ao se fechar uma porta, outra melhor se abrirá. Quando você encerra algo que não está funcionando bem, um projeto novo e abençoador poderá ser iniciado.
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👉Atual, presente, existente.

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