Estava jantando em um
restaurante, quando se aproximou um senhor, e sentou-se à
mesa onde eu estava, e começamos a dialogar. Ele me contou um fato que havia
acontecido logo cedo no ônibus em que ele estava. Uma mulher começou a falar em
um tom alto que ela era feliz em ser pobre. Então, ele argumentou para mim que a pobreza não era
uma coisa boa, pois, no passado, sofreu dificuldades financeiras quando residiu
em outra cidade.
Sobreveio uma situação em que não havia comida em casa. Ele ficou muito perturbado,
pois tinha duas pequenas crianças para alimentar. Contou que saiu de casa sem
destino e caminhou por dois quilômetros, quando avistou um supermercado e
entrou. Chamou o proprietário e afirmou que estava em um estado de aflição
tamanha que preferia morrer a sair dali sem nada. Pediu ao cidadão que lhe
fornecesse dois pacotes de leite e outros dois de gêneros alimentícios,
prometendo que no dia seguinte retornaria para pagar. O dono fez
mais, pois, além de concordar com o pedido, ainda afirmou que lhe daria um
emprego. No outro dia, ele retornou às sete horas da manhã, e o filho do
proprietário, rudemente, foi logo perguntando o que ele queria. Ele respondeu
que estava lá a mando do seu pai, no que este avistou de cima e mandou-o
entrar. O homem trabalhou por seis anos no armazém, até que o dono morreu. O
filho, como novo empregador, o demitiu. Passado um bom tempo, o descendente, já
muito rico, com vários supermercados, precisou de um serviço para uma das
empresas dele. Por esse motivo, procurou um estabelecimento apropriado e, ao lá
chegar, encontrou o antigo funcionário. O empresário perguntou o que ele estava
fazendo ali, quando o meu amigo respondeu: “Eu
sou o dono”. O serviço foi feito e nunca mais se viram, e o senhor retornou
para a sua cidade natal.
História interessante
e inspiradora. Dela, podemos tirar alguns aspectos a serem analisados:
1. NEM RIQUEZA, NEM MUITO MENOS POBREZA GARANTEM
FELICIDADE:
Quando a senhora
bradou no ônibus para todos ouvirem que era feliz por ser pobre, mostrou que
algo em seu interior não estava bem. Quem é feliz de verdade não demonstra por
palavras, mas muito mais por atitudes. Nem riqueza, nem muito menos pobreza
garantem felicidade, que só é assegurada pela paz interior que advém de um
relacionamento com o Senhor. Devemos pedir a Deus o necessário para sobreviver.
(Provérbios 30.8)
2. VERDADEIRO:
Ele foi verdadeiro ao
mostrar sua situação ao dono do mercado. O empresário entendeu a aflição pela
qual o homem estava passando e o ajudou. Foi um instrumento nas mãos de Deus,
especialmente no auxílio às crianças que estavam sem comer. O Senhor usa quem
Ele quer. Desta forma: “Dê a quem pede e
não volte as costas àquele que deseja pedir algo emprestado” (Mateus 5:42).
3. CONFIANÇA:
Ao retornar ao
mercado no dia subsequente, ele honrou a palavra dada, mostrando que era uma
pessoa confiável. Ele podia, mas não DEVIA, nem ter retornado mais ao armazém,
pois já tinha conseguido o seu intento e amenizado momentaneamente sua fome e a
de seus familiares. Todavia, cumpriu o que prometeu, e o empresário viu nele um
homem de palavra, o que contou a seu favor.
4. OPOSIÇÃO:
Em circunstâncias de
crescimento pessoal, e especialmente no recebimento de bênçãos divinas,
sofreremos oposição. É um contexto já inerente à existência. A resistência veio
através do filho do proprietário, que não facilitou a vida do futuro empregado.
Não tenho como avaliar o motivo do antagonismo, se foi egoísmo, arrogância ou
simplesmente ciúme; o rapaz não quis chamar o pai, opondo-se contra ele.
5. FIDELIDADE E RECONHECIMENTO:
Ele trabalhou no
mercado durante seis anos e foi fiel ao empregador até o dia de sua morte.
Conforme me confidenciou, reconheceu tudo o que o patrão fez por ele e só
deixou a empresa por causa do falecimento daquele que tanto lhe ajudou.
6. A HONRA UM DIA VIRÁ:
O cidadão cresceu na
vida e abriu uma empresa. O mais interessante é que o filho do empresário que
tentou sabotar seu emprego no passado, um dia, precisou dele e o encontrou como
proprietário de uma firma que lhe prestaria serviços. A existência é cheia de
surpresas, e “nada como um dia atrás do outro”, oficializando a LEI DO RETORNO.
Esta é uma história interessante
que acontece frequentemente. Dela tiramos importantes lições que servirão de
exemplo para que ninguém desista ante as adversidades existenciais. A caminhada
neste mundo é difícil, e o Senhor Jesus não negou que seria, pois: “Aqui no
mundo vocês terão aflições, mas animem-se, pois eu venci o mundo” (João 16.33).
Assim como o homem venceu um
momento ruim, todos podem vencer. Acreditemos em Deus e aproveitemos as
oportunidades recebidas, tirando delas o melhor proveito.
Acredito que cada um de nós,leitor, tenha ouvido alguma história parecida...Eu tenho um amigo que há muitos anos foi pedir emprego em um supermercado, lá no bairro da liberdade. O dono acreditou nele, e ele passou cerca de 25 anos trabalhando lá, com dedicação, comprometimento e envolvimento...Esta semana encontrei ele, meu amigo, Dr. LUCIANO, advogado. Como estou feliz!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
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