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domingo, 29 de maio de 2016

DEUS É PERDÃO

"A graça de Deus é a graça que perdoa pecados, isto é, ela liberta o ser humano de seu passado, que o mantém preso" (Rudolf Karl Bultmann).


Frederico o Grande, rei da Prússia, inspecionou um dia a prisão de Berlim. Os prisioneiros caíram de joelhos diante dele, cada um afirmando a sua inocência. Um só homem permaneceu afastado e silencioso.
Frederico chamou-o:  “Você, por que está aqui?”
“Por roubo à mão armada, Majestade.”
“É inocente ou culpado?”
“Culpado, Majestade. Mereço meu castigo.”
Frederico chamou o guarda e disse: – “Guarda, liberte este criminoso imediatamente. Não permitirei que ele permaneça aqui a corromper toda esta gente boa e inocente”.[1]
Esta história interessantíssima e exemplar, identifica muito bem um homem consciente de sua culpa, e por este fato não ousou mostrar algo diferente para um rei. O correto é que todos deste mundo não estão isentos de praticar erros, e desta forma temos que reiteradamente procurar o perdão divino. Fazemos coisas que podem corar até os nossos maiores inimigos, caso os tenhamos. Ainda bem, que nos é ofertada por Deus, sempre uma nova oportunidade de mudança e um novo recomeço.
"Nada que possamos fazer neste mundo, a não ser a blasfêmia contra o Espírito Santo,[2] terá o poder de afastar o perdão divino". Desafia a lógica tal afirmação, entretanto, a Bíblia aponta sempre os braços abertos de um Deus bom e acolhedor.
É também imperativo reconhecer que todos somos imperfeitos, e só Jesus Cristo não conheceu o pecado. Desta forma, carecemos diariamente do perdão de Deus.
Ah, se não fosse o poder perdoador de Deus em nossas vidas, porquanto estaríamos realmente perdidos e sem rumo.
E Deus no seu maior ato de amor ao ser humano, nos ofereceu a maior prova de perdão ao mundo, quando enviou o seu filho Jesus Cristo a este mundo, para morrer por nós. Isto aconteceu, para que pudéssemos ser remidos do pecado, e assim termos o plano da eterna salvação.
Amor é perdão, e perdão é amor, e foi o nosso criador o maior demonstrador destas qualidades.
E no perdão divino com o arrependimento verdadeiro, consequentemente a libertação do pecado se evidenciará. Na posse desta certeza, poderemos ter a plena convicção da absolvição, pois:
"Onde estiver o Espírito Santo, logicamente a liberdade estará".[3]

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[1] Páginas 91/92 do Livro GRANDES LÍDERES, de Edino Melo.
[2] A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma rejeição total e contínua de Deus. E é o único pecado que não tem perdão. Quem blasfema contra o Espírito Santo o rejeita completamente, não chegando nunca ao arrependimento. Jesus disse que todos os pecados serão perdoados, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (Marcos 3.38-29).
[3] 2 Coríntios 3.17: Ora, o Senhor é Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.

domingo, 22 de maio de 2016

A CIÊNCIA E A FÉ

"Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito nos aproxima" (Louis Pasteur).

O francês Louis Pasteur, autor da frase introdutória do texto, possuía conhecimento de cátedra para mencionar essa máxima. Na condição de cientista notável e cristão devotado, ele referendou uma interação entre a ciência e a fé. Ele chegou à conclusão de que aquilo que não era explicado pelo senso comum só poderia ser identificado ou visualizado como um ser maior: DEUS. Copérnico, Kepler, Galileu, Ampère e tantos outros cientistas que estiveram em contato direto com as leis sábias do universo também se curvaram diante da sabedoria divina.

A ciência é, em síntese, um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis identificadas e devidamente testadas através do método próprio. Logo, para se chegar a uma conclusão científica sobre algo, obviamente, deve-se que a tese em questão passe por pesquisas, chegando a um desfecho. Daí, surgirá uma noção precisa sobre o ensaio específico, reiterando ou não a sua qualificação para tal. Neste modelo, deduz-se que, na ciência, a razão impera.
No que tange à fé, a sistemática é mais enraizada em uma emoção mais volitiva, embora equilibrada. Baseia-se na confiança em um Deus que tem a devida explicação para tudo.
A ciência habituou-se a permanecer distante da fé, e isso pode ser identificado em uma abordagem mais apurada da história. Entretanto, a cada dia que passa, mediante a falta de uma explicação plausível para os grandes mistérios deste mundo, mais e mais a fé aparece como o suporte maior de entendimento para a humanidade. Cremos inequivocamente que muitos enigmas, científicos ou não, nunca serão explicados pela razão humana. Verificamos que tal constatação está adstrita à categoria da impenetrabilidade divina, pois só Deus conhece totalmente o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Evidentemente, a ciência não caminha muito próxima da fé neste mundo, pelo menos por enquanto, já que ambas possuem visões diferentes. Porém, chegará um dia em que tudo e todos se dobrarão perante o Autor e Aperfeiçoador do Universo (Romanos 14.11).*
Torna-se compreensível e visível que, cada vez mais, a explicação para tudo que nos rodeia advirá da verdadeira espiritualidade, no âmbito da fé irrestrita e ponderada. Devemos visualizar sempre o Deus de nossa salvação, pois, com certeza, aquilo que for do interesse Dele nos revelar neste mundo, assim será feito. E o que não for para o nosso bem tomar conhecimento, nunca saberemos, já que estas coisas estão na categoria dos mistérios divinos. Contudo, uma constatação importante nunca nos será tirada: "A ciência nunca esclarecerá todos os fatores inerentes à espiritualidade, mas, em contrapartida, a fé tornará compreensível tudo aquilo que, para o meio científico, é inexplicável" (Medeiros Jr).


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* “Diante de mim todo joelho se dobrará e toda língua confessará que sou Deus”.

domingo, 15 de maio de 2016

ORAÇÃO ALIMENTA A ALMA

“Quem não conhece o poder da oração, é porque não viveu as amarguras da vida!” (Eça de Queiroz).

Assim como nosso corpo precisa de alimento, no sentido da nutrição adequada, o nosso espírito necessitará de oração diariamente, para que nossa alma possa ser corretamente alimentada. Orai diligentemente sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17), pois não sabemos o que estará diante de nós, no propósito de nos atingir.

Fique sempre vigilante na oração, pronto para interceder por ti mesmo e por outras pessoas que, obviamente, Deus colocará no teu coração. A oração faz com que nos aproximemos muito mais do nosso Senhor. Ele espera pacientemente este diálogo conosco. Prostre-se de joelhos a Deus ou da forma que melhor te convier. Entretanto, jamais esqueça do temor reverencial, da real necessidade e do valor da oração efetuada ao Senhor. Ele tem o poder de suprir toda e qualquer carência que, porventura, tenhamos. Prepare-se da melhor maneira para as batalhas desta vida, agindo como um bom combatente da fé, tendo a certeza de que a oração vai alimentar fortemente o teu espírito.
É importantíssimo um “devocional diário” através da oração e da leitura da Bíblia. Nesta interação santa, estaremos prontos para ouvir com extrema exatidão a voz divina. Muitos pensam que Deus não fala ao coração humano. Vem-me à lembrança uma antiga história, onde certa vez, alguém perguntou a Joana D’Arc por que Deus falava apenas a ela. O que ela prontamente respondeu: "O Senhor está enganado. Deus fala a todo mundo. Eu apenas escuto."
Assim, ore sempre, tendo Jesus Cristo como intermediário junto a Deus. Aí estarás pronto para receber aquilo que for da vontade divina. Nunca retroceda e confie constantemente no Senhor, pois: “Existem três fases na obra de Deus: Impossível, difícil e resolvido” (Hudson Taylor).
 

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* Joana D’arc nasceu na França no ano de 1412 e morreu em 1431 (época medieval). Foi uma importante personagem da história francesa, durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), quando seu país enfrentou a rival Inglaterra.