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domingo, 20 de dezembro de 2015

NA EDUCAÇÃO FAMILIAR, NÃO SE FAVORECE O PREDILETO!

"É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais" (Coelho Neto).

               

Um dos maiores erros praticados por alguns pais é favorecer o filho mais amado em detrimento dos outros. Saiba que esse favoritismo na educação é bem mais antigo do que imaginamos. Temos uma história bem interessante na Bíblia, precisamente no livro de Gênesis 37, e em especial no versículo 4, onde começa a ser descortinada uma pedagogia educacional desastrosa. A história é a seguinte:

  • O patriarca bíblico Jacó teve 12 filhos; entretanto, não amou a todos da mesma forma. Tinha uma enorme preferência pelo filho José e, depois que a esposa Raquel morreu, o amor que sentia por ela foi inteiramente transferido para este filho. Isso ocasionou inúmeros problemas, pois Jacó não fazia a menor cerimônia em ocultar essa preferência. Até mesmo nas roupas (túnicas)* que mandava confeccionar para os filhos, a de José era especial, sendo mais bonita do que as dos irmãos.Na constância deste acontecimento e conjugado com outros, evidentemente foram criadas algumas desavenças entre José e seus irmãos. Daí, os efeitos desse favoritismo tão explícito foram evidenciados no ódio dos irmãos contra José, e, como consequência de tudo isso, o mesmo José foi vendido aos mercadores de escravos que rumavam para o Egito.

Evidentemente, a história acima narrada estava nos planos de Deus para o que ia acontecer com os judeus naquele tempo. Porém, aqui não discutiremos tal acontecimento, já que o cerne desta mensagem tem a ver com o perigo da educação desigual.

Esta narração impulsiona algumas questões importantes, que são:
  1. Este relato indica que, quando os filhos não podem contar com o amor igual dos pais, a tendência será o esfriamento da união entre os irmãos, podendo até desaguar em várias desavenças, impulsionando uma série de conflitos familiares;
  2. Como pessoas normais, logicamente teremos nossas preferências e, assim, podemos gostar de uma forma especial de um determinado filho. Não podemos esconder este fato, já que ocorre esse tipo de predileção; entretanto, não devemos agir como o patriarca Jacó, quando escancarou esse sentimento. Se você preferir um filho a outro, guarde essa afeição maior e trate-os imparcialmente.
  3. A desigualdade de tratamento em relação aos filhos fará com que possamos ser extremamente críticos com as limitações de um e altamente tolerantes com os erros do outro. Continuando com esse tipo de educação, a médio e longo prazo, poderá ser um problema de difícil solução.
Devemos pedir sabedoria a Deus e envidar todos os nossos esforços no intuito de trazer para a educação doméstica o belo exemplo divino, que é demonstrado de forma incisiva pela Bíblia, onde o Senhor não tem preferidos.** Necessitamos trazer essa prática como exemplo para as nossas relações pessoais, principalmente as familiares. A igualdade de tratamento é altamente necessária nos relacionamentos, e, na constância da relação entre pais e filhos, nunca deve ser favorecido o predileto.
Assim, agir de forma equilibrada na educação familiar é fundamental.

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* Vestuário comprido e justo, usado pelos antigos.

**Atos 10.4: "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas"; Romanos 2.11: "Porque, para Deus, não há acepção de pessoas".

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