Os conselhos atinentes a FALAR
POUCO são milenares. E isso adveio, de certa forma, da tradição judaica, que
incentiva o controle do que se pronuncia, para não ficarmos em “maus lençóis”,
ou seja, entrar numa situação difícil ou embaraçosa.
Em tempos atuais, assimilo que
aumentou de sobremaneira a necessidade de fechar a boca. Na atualidade, é até
complicado exprimir uma simples opinião, já que pode machucar alguém mais
sensível ou até mesmo provocar pessoas tendentes a discórdias. O momento é tão complexo que, hoje, tudo é ofensivo, inclusive falar a VERDADE. No entanto, de forma nenhuma deve-se deixar de fazê-lo.
Falar pouco sempre foi aconselhável,
e hoje virou quase uma necessidade, pois:
- Quando calamos, não precisamos explicar aquilo que pronunciamos desnecessariamente.
- Quando não falamos sobre os nossos planos para o futuro, não corremos o risco da inveja gratuita ou daqueles que tencionam atrapalhar planejamento alheio.
- Quando não dizemos bobagens, impediremos que nossas palavras sejam tidas como caluniosas e que, como consequência, possamos até mesmo ter que responder perante os tribunais.
- Quando não fofocamos, evitamos que contextos nocivos sejam passados para frente e que possam prejudicar terceiros.
- Quando não expomos nossos maiores segredos, inibimos que tais exposições particulares sejam utilizadas perniciosamente.
Gosto muito de falar, pois não
sou nada introvertido. Todavia, tenho me controlado ultimamente, pois, em
relação a CONVERSAR BASTANTE, “o mar não está para peixe”, ou seja, a situação
de quem fala muito não está fácil. Não que eu converse besteiras com
regularidade ou sobre aquilo que é prejudicial. Ainda bem que não, mas procuro
falar minimamente possível, especialmente sobre aquilo que pode levar a um
final infeliz.
Mas, então, sobre o que
conversar?
Aquilo que for necessário, seja em
um ambiente social, profissional e, em certos casos, até mesmo espirituais.
Devemos proferir palavras edificantes que coloquem os outros para frente. Precisamos
falar mais sobre conjunturas indispensáveis que não nos tragam maiores
contrariedades. Devemos nos portar como as crianças articulam em seus entretenimentos, quando não ferem suscetibilidades*
alheias. Brincar com as palavras de uma forma que não fira emocionalmente
ninguém. A inocência de crianças bem educadas mostra como, em “sua grande
maioria”, elas não magoam os outros quando falam.
Necessitamos falar, principalmente
sobre AQUELE que nos concedeu a VIDA e a quem devemos tudo que somos e todas as
homenagens: DEUS. Quando conversamos sobre o SENHOR com equilíbrio e sem
fanatismo, jamais exporemos palavras inconvenientes ou inúteis.
Assim, só abra a boca quando for
realmente necessário. O filósofo e matemático Pitágoras resumiu um entendimento
equilibrado sobre o assunto quando sustentou: “Se o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, então cala-te.”
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*Sensibilidades, vulnerabilidades, fragilidades.
Verdade👏
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