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sábado, 15 de fevereiro de 2020

MARIA DE NAZARÉ: UMA MULHER ESPECIAL!



Discorrer sobre Maria, Mãe de Jesus, traz contentamento, mas também muita responsabilidade, sob pena de incorrermos no erro da idolatria ou até mesmo de negligenciar o grande valor de uma mulher fascinante.

Maria foi uma mulher especial, já que guardar o "Salvador" por nove meses no ventre não seria uma virtude para qualquer uma. O próprio Anjo Gabriel, conforme delineado em Lucas 1:28, atentou para este fator quando sentenciou: "Bendita és tu entre as mulheres." Maria, equilibradamente, considerou que o nascimento de Jesus era um milagre divino e que ela foi escolhida graciosamente para tão extraordinária e maravilhosa finalidade. Maria prontificou-se a cumprir plenamente a missão recebida de Deus quando respondeu ao anjo mensageiro: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1:38). Ela se mostrou obediente, fiel e respeitosa aos insondáveis propósitos de Deus.
O Senhor, quando escolhe alguém para firmar os seus desígnios, procede da melhor maneira. E Deus, quando delega algo muito importante, sempre ACERTA NO ALVO, e assim procedeu com Maria. Ela mostrou graça perante o divino (Lucas 1:30), ficando isto demonstrado amplamente, pois Deus também se agradou de seu testemunho existencial.
Martinho Lutero, numa religiosidade equivocada, aprendeu que precisava fazer penitência e pagar por seus pecados. Por isso, ele se esforçava muito para agradar a Deus, mas, a cada dia que passava, ele descobria que isso não era o bastante, já que não lhe dava paz e a segurança da salvação. Martinho Lutero se tornou monge e estudou muito a Bíblia. Um dia, ele leu Romanos 1:17* e descobriu que, para ser salvo, bastava ter fé! Não sendo preciso pagar por mais nada, porque Jesus já pagou a dívida espiritual por todos que o aceitassem, e que tão somente a preciosa fé no Nazareno poderia lhe oferecer a segurança da salvação.
Maria, séculos antes de Martinho Lutero nascer, já sabia na prática o significado da palavra FÉ, quando acreditou piamente no que o Anjo lhe anunciou. Na qualidade de mulher justa, temente e instruída na espiritualidade correta, assimilou instantaneamente o ministério estabelecido por Deus para sua vida, não pestanejando nem tentando argumentar qualquer coisa contrária ao que o "Mensageiro do Altíssimo" lhe transmitia.
Maria se mostrou devota, piedosa, boa, obediente e, acima de tudo, possuidora de confiança total no seu SENHOR. A sua fé tornava-a justa perante Deus, sendo tal sentimento um elemento indispensável e justificável para todo aquele que deseja viver perante o senhorio do Altíssimo.
Maria teve momentos alegres e angustiantes, peculiares a todas que viveram ou vivem neste mundo tão conturbado. Todavia, ela guardou a fé e foi parte importante na engrenagem redentora para um mundo tão materializado no pecado. Ela, de forma tão complacente, recebeu a incumbência divina de gerar o ser mais importante que aportou neste mundo: JESUS CRISTO. Daí, firmemente, educou o filho tão especial na Lei Divina, para que ele estivesse pronto para a maior obra missionária do universo, ou seja, nos regenerar de todos os pecados cometidos e obtermos a plena salvação no SENHOR, e que pudéssemos receber a tão preciosa vida eterna. 
Ela sabia de sua condição especial e única, mas nem por isso ousou sobrepujar Jesus. Já por ocasião do primeiro milagre do Mestre nas BODAS DE CANÁ,** ela reconheceu a DIVINDADE do nazareno como o único ser ali presente com efetiva condição de proceder qualquer milagre, quando convocou os servos que fizessem tudo o que Jesus mandasse (João 2:5), tendo o Mestre ordenado que eles preenchessem os vasilhames com água, e assim foi efetuada a transformação em vinho.
Desta forma, Jesus Cristo principiou os seus milagres (João 2.11), manifestando a sua glória, e os seus discípulos creram nele. Tal episódio evidenciou o respeito que Maria nutria pelo seu filho, acatando a condição divina do mesmo, identificando assim o quanto essa mulher era ILUMINADA, já que ela reconheceu em Jesus uma condição especial que o distinguia de todos que ali estavam, “inclusive dela própria”.
O certo é que esta mulher extraordinária agradou muito a Deus, honrando sobremaneira a tão preciosa escolha do Altíssimo. O mais impactante é que Maria esteve ao lado do seu amado filho, nos bons e piores momentos, desde o nascimento até a morte na cruz e, por ocasião da ASCENSÃO AOS CÉUS DE JESUS,*** ela e outras pessoas perseveraram em oração.****
A importância de Maria deve ser distinguida, pois, como uma serva fiel, no que estava ao seu alcance, procedeu da melhor forma que agradasse ao seu Deus, e, no seu famoso CÂNTICO, ela admitiu alegremente: "A minha alma engrandece ao Senhor. E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque olhou para a humilhação de sua serva; pois desde agora todas as gerações me chamarão bem aventurada."*****
Assim, Maria de Nazaré deve ser reconhecida por todos como um ser especial e a mais bem-aventurada entre as mulheres. 

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* Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.

** Bodas de Caná da Galilei é um episódio bíblico narrado no evangelho de João 2.1-11. A transformação da água em vinho durante estas bodas é considerado como o primeiro dos milagres de Jesus.

*** A Ascensão de Jesus foi um evento na vida do mestre, relatado no Novo Testamento, onde mostra Jesus ressuscitado e elevado aos céus com seu corpo físico, na presença de onze de seus apóstolos, ocorrendo no quadragésimo dia da ressurreição.

**** Atos 1.14: Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos.

***** O Cântico de Maria (Lucas 1.46-48) – Bíblia Católica de Jerusalém e Bíblia Sagrada Anote Evangélica (Editora Central Gospel).

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