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sábado, 20 de maio de 2017

A APROVAÇÃO DE DEUS NOS BASTA


“As pessoas que não sabem amar a si mesmas, buscam constantemente a aprovação alheia e sofrem quando são rejeitadas. Para quebrar essa dinâmica, devemos admitir que não podemos satisfazer a todos” (Nietzsche).


                       Gostamos de comentar as situações atinentes ao nosso cotidiano. Certa vez, uma pessoa me mandou um convite para lhe adicionar numa determinada rede social, no que concordei até com satisfação. Amizade nova é sempre bem-vinda, principalmente quando trocarmos ideias em áreas saudáveis da existência humana. No outro dia, notei que ela não estava mais no meu grupo de amigos, e de modo incontinente perguntei o motivo dela ter me excluído. Não por me sentir importunado, mais sim por mera curiosidade, até por ser um estudioso das relações humanas. Para minha surpresa, ela me respondeu:
"Estou excluindo todos aqueles que não curtem nada que coloco, bem como, não conversam comigo, pois acho que não querem ter a minha amizade. Não foi só contigo, mas com todos que agiram assim"
Respirei profundamente, e apenas para rematar a conversa, respondi:
"Seja feliz, porém uma verdadeira amizade não é como você está pensando, pois ela é conquistada e não imposta". 
No que ela respondeu de maneira educada, não concordando plenamente comigo, e assim nos despedimos amigavelmente.
Meditando sobre o acontecido, passei a imaginar: "Como somos seres complexos". 
Deste acontecimento, retirei algumas lições interessantes, e aqui potencializamos na forma de alguns itens relevantes, os quais devem servir como aporte[1] as nossas relações pessoais, senão vejamos:

1. NÃO PRECISAMOS DE APROVAÇÃO DE OUTRAS PESSOAS:
Não precisa ser formado em psicologia, para entender que muitas pessoas necessitam de aprovação exterior. Quando convivemos com alguns semelhantes, isto se torna mais do que notório. Contudo, não deve ser assim pois a amizade desinteressada e espiritual de Jesus Cristo já nos basta. Quando entendemos isto, podemos até mesmo conviver com o descaso[2] em determinado momento, sem a necessidade de dobrar-se a uma amizade falsa ou baseada em cobranças. O nosso valor não precisar estar vinculado aos reconhecimentos, especialmente, quando colocamos alguns pensamentos em público e não somos elogiados. Longe disso! Temos que apenas evidenciar nossas verdades, bem como, ajudar as pessoas que precisam de alguma direção. A verdadeira valorização vem de Deus, e é isto que devemos ansiar.

2. NEM SEMPRE SEREMOS RECONHECIDOS:
Nem sempre o nosso valor será reconhecido. Triste constatação, todavia não podemos esconder. Temos que ter a consciência, já devidamente enraizada na alma, de não levar excessivamente em conta à aprovação alheia. O Livro bíblico de Eclesiastes trata muito bem deste tema em seu capítulo 9, e versículos 14.15, quando mostra que:

"Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes baluartes. E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem". 
Trocando em miúdos, mostra-se nessa pequena narrativa, uma pessoa que não teve o devido reconhecimento, após um grande feito. Se tal situação acontece ou já aconteceu na tua existência, coloque isto nas mãos de Deus, e acredite que Ele te reconhece, e te valoriza.

3. RELACIONAMENTO NENHUM TE COMPLETARÁ INTEIRAMENTE:
Defendemos ardorosamente as relações humanas. É salutar que exista isto, pois o Senhor também nos criou para os relacionamentos. Entretanto, amizade nenhuma terá o poder de proporcionar paz ou felicidade verdadeira. É preciso entender que a convivência interessante, sempre será aquela que existe uma junção de duas pessoas equilibradas. E que possam observar a relação como união, e não como uma dependência neurótica. Existem pessoas que se submetem a terem relacionamentos reconhecidamente nocivos, com medo da solidão. "Amigos" que se aproveitam de outros, até mesmo financeiramente. Não deixe acontecer tal circunstância contigo, pois você se tornará escravo daquilo que te domina (2 Pedro 2.19b). Procurar o consentimento alheio, ao invés da verdadeira aprovação, nunca será um bom ato. Amizade é boa, quando é verdadeira e desinteressada, e fora disso, nunca te levará ao bom fim. 
Além do explanado, não podemos esquecer de um fator importante:
"Mesmo que o relacionamento seja ótimo, ele nunca te completará, pois este papel pertence unicamente a JESUS CRISTO".
 
4. NÃO ESPERAR RETRIBUIÇÃO, QUANDO AJUDAMOS:
Uma pessoa engana-se em seu pensamento, quando espera a retribuição de algo benévolo que tenha feito. Quando ajudamos ao semelhante, a melhor recompensa sempre será a divina. Ao fazer uma boa obra, não se pode "tocar os sinos" sobre aquilo efetuado, demonstrando para todos que procedeu corretamente. Não é de bom alvitre,[3] esperar aplausos de terceiros. A recompensa em forma de agradecimento pode até ocorrer, contudo, não deve ser uma situação esperada ou obrigatória. Faça a sua parte e ajude de maneira generosa, esperando a verdadeira retribuição que do Alto virá.

                   A nossa maior aprovação advirá sempre de Deus, e não de outra pessoa concordar com o que fazemos. Evidentemente, que receber um reconhecimento não será ruim, porém nunca será tudo. "Devemos fazer o bem sem olhar a quem", e esta é a mensagem mais importante deste texto. Quando pela misericórdia divina, sou usado para escrever um texto neste blog, trata-se de algo recíproco entre o que registro e quem lê. Por que a reciprocidade? 
Porque o que aqui escrevo, também serve para mim, pois antes de tudo sou usado para mim mesmo, através do que aprendi de bom. Daí, automaticamente passo para frente.
O intuito maior é de ajudar quem visualiza esta postagem, e não esperar qualquer elogio, até porque no meu caso, a ordem recebida é simplesmente: "ESCREVER A VISÃO" (Habacuque 2.2).
Assim, o mais importante neste contexto é agradar ao Senhor, e procurar apresentar-se a Ele aprovado (II Timóteo 2.15ª).
   
______________
[1] Contribuição dada para determinado fim; colaboração, auxílio.
[2] Atitude de quem não dá atenção ou importância; falta de atenção ou consideração. 
[3] Recomendação, sugestão, palpite.

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