"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará" (Mateus 6.6).
Conta-se
que, certa vez, um dos discípulos de Louis Pasteur entrou em seu laboratório
para perguntar algo ao mestre. Pasteur estava examinando um espécime com o
microscópio. Sem poder ver o microscópio, o estudante pensou que, pela posição
da cabeça encurvada, Pasteur estivesse orando e ia retirar-se, quando o
cientista levantou a cabeça e olhou para o rapaz, que lhe disse:
-
"Desculpe, professor, pensei que o senhor estivesse orando".
- E
Pasteur respondeu convictamente: "E eu estava..."*
Interessante
narrativa que mostra o poder da oração na vida de um homem. Louis Pasteur,
mesmo sendo um cientista bastante famoso em sua época, não deixou de lado a sua
confiança em Deus.
O
vocábulo "orar" tem sua origem no latim “oratio e oratinis”, de onde
se origina “oratione e orare”. No radical “or” da palavra, encontraremos o
significado de boca ou relativo à boca. Assim, temos na língua portuguesa as
palavras "orar" e "oração".
Para estas palavras,
existem alguns significados e sinônimos; porém, no contexto eminentemente
espiritual, significa súplica, com um pedido dirigido a Deus ou a uma
determinada divindade. No que tange à motivação para a oração, o cristão
autêntico possui objetivos específicos, que são:
- Um
diálogo santo com o Criador.
- Suplicar
e agradecer a Deus.
- Glorificar
o nome do Senhor.
Já esquecemos o
número de pessoas que perguntam de forma contumaz como devem orar.
Evidentemente, eles não sabem da espontaneidade com que Deus trata o assunto.
Não devemos nunca nos apartar da simplicidade do evangelho (2 Coríntios 11:3) e
isto inclui também o princípio da oração.
Nesta santa conversa,
baseada numa sincronia espiritual, onde é impulsionado um relacionamento
intenso entre o homem e Deus, devemos nos apegar a um ser especial que
efetivará esta ligação: Jesus Cristo de Nazaré. Enfatizamos que esta
conversa é simplória, dissociada de complicações e de maiores ritos. Este entendimento
deve ser como o de um pai para um filho amado, onde a necessidade do ser criado
deve ser demonstrada de forma inequívoca ao Criador, com as devidas súplicas e
agradecimentos, num diálogo estritamente respeitoso, porém amigável.
Evidentemente,
a Igreja é o lugar mais apropriado para uma oração mais intensa; contudo, não
impedirá que, no recôndito do lar, você entregue seus pedidos ao Santo dos
Santos com total e íntima devoção. Neste momento especial, usarás toda a tua fé
e, lastreado neste sentimento, receberás de Deus as respostas que tanto
necessitas.
Esta
ligação deve ser estabelecida diariamente. O tempo de oração é você com o
Senhor, e o que não pode ser esquecido é a necessidade habitual deste ato.
Repetimos que esta vinculação diária com a oração já deve estar firmada em
nosso ser. O momento devocional com o Senhor deve ser a opção mais desejada em
nosso coração.
Fale
simplesmente com Deus o que está escondido no âmago de sua alma, o que pode ser
feito em voz alta ou em silêncio, conforme o desejo estabelecido pelo Espírito
Santo em seu coração. Na santidade dessa ação, fazer o que Deus mandar é
estritamente importante. Como resultado, será estabelecido em sua vida o
segredo de uma existência vitoriosa. Orar é derrubar tudo aquilo que impede o
mover divino sobre sua caminhada.
Portanto:
ORE SEMPRE!
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Páginas 127/128
do Livro Coletânea de Ilustrações, Autor: Natanael de Barros Almeida – Editora
Vida Nova.