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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O CENTURIÃO GENTIO QUE PELA FÉ AGRADOU A JESUS. (Importante mensagem sobre cura para enfermidades)

 


         Antes de adentrarmos no cerne da publicação: O CENTURIÃO GENTIO QUE PELA FÉ AGRADOU A JESUS; duas conceituações são por demais necessárias, a respeito das palavras Centurião e Gentio.
Centurião era o chefe ou comandante na antiga Roma, de uma subdivisão da legião romana, constituída de cem homens. O centurião era responsável de manter a ordem, prestando serviços judiciais, administrativos e tributários. A figura do centurião aparece com frequência no Novo Testamento muitas vezes em alguns textos, quando eles se sentiam atraídos pelo Deus de Israel e pela pregação do evangelho.
Já a palavra Gentio designava um não israelita, e deriva do latim "gens" (significando clã ou um grupo de famílias). Os tradutores da bíblia usaram esta palavra para designar coletivamente os povos e nações distintos do povo israelita. O termo Gentio é especialmente importante em relatos sobre a história do cristianismo, para designar os povos europeus que, gradualmente se converteram à nova religião, sob a influência do apóstolo Paulo de Tarso e outros. O próprio Paulo nasceu na atual Turquia, mas tinha sido educado no judaísmo. Em síntese, gentios são todas as pessoas que não pertencem ao povo judeu. Eu sou um gentio e provavelmente você também o seja. 
Na bíblia, precisamente nos livros de Mateus 8.5 a 10 e Lucas 7.1 a 10 estão descritos um episódio bem interessante da vida de Jesus. E aqui transcreveremos os versículos bíblicos de Lucas 7.1-10, para que a fé de um homem sirva de exemplo para todos nós:

- Tendo terminado de dizer tudo isso ao povo, Jesus entrou em Cafarnaum.1 Ali estava doente, quase à morte, o servo de um centurião, a quem seu senhor estimava muito. Ele ouviu falar de Jesus e enviou-lhe alguns líderes religiosos dos judeus, pedindo-lhe que fosse curar seu servo. Chegando-se a Jesus, suplicaram-lhe com insistência: "Este homem merece que lhe faças isso, porque ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga." Jesus foi com eles. Já estava perto da casa quando o centurião mandou amigos dizerem a Jesus: "Senhor não te incomodes, pois não mereço receber-te debaixo do meu teto. Por isso, nem me considerei digno de ir ao teu encontro. Mas dize uma palavra e o meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito a autoridade, e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz. Ao ouvir isso, Jesus admirou-se dele, e voltando-se para a multidão que o seguia, disse: Eu lhes digo que nem Israel encontrei tamanha fé. Então os homens que haviam sido enviados voltaram para a casa e encontraram o servo estabelecido.

Após esta narrativa impressionante, podemos tecer comentários sobre alguns aspectos deste acontecimento, senão vejamos:

1. HIERÁRQUIA, AUTORIDADE E DISCIPLINA:
O centurião sabia muito bem sobre dar e receber ordens. Era o oficial responsável no comando de uma centúria, onde indicava diretrizes que deveriam ser obedecidas, encarregando-se da disciplina e instrução da legião. Desta forma, ele conhecia e obedecia a hierarquia. Era experimentado nesta situação, sabendo respeitar e ser respeitado. Quando nos subordinamos a um superior, automaticamente fará com que o senso de equilíbrio e respeito tome conta do nosso ser, pois, como bem preceitua o provérbio português: "Quem não sabe obedecer, não sabe mandar."
O centurião pelos olhos da fé observou que tudo e todos obedeciam a Jesus, e assim procedeu no seu ousado e correto ato de confiança no Deus todo poderoso.

2. CAPACIDADE DE LUTA:
Na maioria das vezes as legiões estavam distantes da pátria romana. Assim, o centurião era escolhido pela sua capacidade de comando e pela prontidão em lutar até à morte. Este homem, então, sabia o que era pelejar. Demonstra a narrativa, que o centurião estava por demais preocupado com a saúde do servo. O comandante demonstrou senso de intrepidez, e não descansou enquanto não chamou a atenção de Jesus. Com este exemplo, devemos imitar o que é bom, e lutar para a consecução dos nossos maiores desejos. E isto pode ser em relação a vida profissional, social, e especialmente na busca da cura física ou espiritual. As batalhas da vida são duras, e deste modo, a capacidade de luta deve ser inteiramente proporcional as dificuldades.

3. ALTRUÍSMO:
Altruísmo é o sentimento de interesse e dedicação por outrem. O centurião demonstrou abnegação pela vida do semelhante, quando se preocupou com a doença do seu servo. Ele se mostrou solícito com o sofrimento alheio, já que intercedeu junto a Jesus por uma cura milagrosa para uma pessoa, que nem de sua família era. O centurião cuidou do humilde servo, e com sua fé, chamou a atenção de tal forma do SENHOR, que conseguiu o que queria.

4. FÉ: 
Jesus considerou o centurião um modelo de fé, quando afirmou que não tinha encontrado em Israel uma pessoa de tamanha crença. Verificamos que no texto bíblico, o centurião jamais teve dúvidas de que Jesus agiria. Ele confiou que Cristo possuía um poder acima da compreensão humana. Na definição consignada em Hebreus 11.1, observamos que FÉ é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. É importante não esquecermos que sem fé é impossível agradar a Deus. Quando demonstramos a nossa convicção, dissociada de qualquer tipo de desconfiança, certamente Jesus honrará este sentimento, e fará proezas.

5. JESUS TAMBÉM VEIO PARA OS GENTIOS:
É bem verdade que a missão original de Jesus foi para os judeus. Como também é correto afirmar que ele não negligenciou os gentios. Ele curou a filha da mulher siro-fenícia (Marcos 7.24-30) e pregou para a mulher samaritana (João 4). Ele afirmou aos discípulos, que a obra a ser realizada por intermédio deles, iria alcançar os gentios (João 10.16), com a importante incumbência para que eles fizessem "discípulos de todas as nações" (Mateus 28.18-20).
O centurião gentio confiou que poderia usufruir das benesses, aparentemente destinadas aos judeus. Ele nem questionou este aspecto, e procurou Jesus sem preocupar-se com qualquer tipo de comentário. Uma narrativa exemplar, e que mostra o cuidado de JESUS para todos que o seguem verdadeiramente, independente de nacionalidade ou raça. O Senhor aceita a todos que o procuram, e assim se sucedeu com este centurião, quando procurou o mestre, e recebeu o que tanto almejava.

6. O PODER E A CURA ESTÃO EM JESUS:
O centurião discerniu em Jesus a verdadeira força espiritual, e que o Senhor tinha poder sobre qualquer mal. Baseado nisto, ele teve consciência da divindade de Cristo. Este homem como um comandante romano, devia ser um homem acostumado com grandes batalhas. Desta forma, não seria difícil para o romano reconhecer um grande poder quando estava próximo dele, e por outro lado, torna-se evidente que ele também ouviu falar das curas efetuadas por Jesus Cristo. O gentio com esperança e uma fé destemida confiou nos prodígios do SENHOR, e para uma cura miraculosa acontecer foi um passo, e o seu servo sarou da enfermidade. A história deste centurião é bem conhecida no meio cristão, especialmente por uma boa razão: "É um exemplo prático de fé e como ela ser exercitada."

     Ao examinamos esta história detidamente, podemos tirar 5 características admiráveis do Centurião, que eram:
  • Ele se preocupava com os mais inferiores, e também não era orgulhoso de sua posição;
  • Ele sabia a diferença sútil entre poder e autoridade, já que ele mandava na sua Centúria, mas reconheceu que só Jesus possui o domínio total sobre a enfermidade; 
  • Ele exercia a sua obrigação com confiança e convicção;
  • Ele discerniu a verdadeira autoridade sobrenatural na figura de Cristo;
  • Ele acreditou que uma palavra de Jesus mudaria qualquer situação.
Esta narrativa impressiona e até aquele momento, no que tange a uma demonstração de FÉ, não tinha parâmetro de comparação, já que o próprio Jesus declarou: "Que ainda não tinha visto fé como aquela." Tal relato nos influencia positivamente a termos uma crença prática e entusiasmada em CRISTO. A fé deste centurião deve ser aplicada em qualquer caminhada cristã, pois o Senhor alegra-se com aqueles que o obedecem e dependam do seu auxílio. O importante é que Jesus se agradou do centurião. Devemos imitar o bom, e como será fascinante adequar a nossa vida a fé deste homem, pois este texto deixa uma grande lição, que é uma soma vitoriosa e recompensadora: JESUS CRISTO + FÉ= CURA. 
Assim, confiar naquele que pode tudo é indicado, e ao exercermos a fé dissociada de qualquer desconfiança, consequentemente, fará com que a nossa vida seja impulsionada para o alto e com grande júbilo.

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1 Cafarnaum é uma cidade citada na Bíblia especialmente em conexão com o ministério de Jesus. Nos dias do Novo Testamento Cafarnaum tinha certa importância. O nome Cafarnaum muito provavelmente significa “aldeia de Naum”, uma variante grega do hebraico kefar nahum. Como Naum significa “compassivo”, Cafarnaum também pode significar “vila de compaixão”.

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