“Contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que
estabeleceste”. (Salmo 8.3)
Quando o
rei Davi escreveu o Salmo 8, um ser humano, ao olhar para o céu, poderia contar
3.000 estrelas. Muitos séculos depois, o astrônomo e físico Galileu Galilei
inventou o telescópio, e, com este aparelho, as pessoas passaram a visualizar
90.000 estrelas. Agora, com os atuais radiotelescópios, os cientistas são
capazes de contar 400 bilhões de estrelas, apenas na Via Láctea. Se o mundo
conhecido por Davi o deixava deslumbrado, mais motivos temos hoje para
constatar as maravilhas de Deus.
Tal
constatação evidencia-se de sobremaneira para quem realmente acredita nos
prodígios do Criador. Pois, na contramão dos adeptos fiéis do Altíssimo,
existem os que chamamos de incrédulos. Para discorrermos de uma forma
satisfatória sobre o tema, temos que ir, naturalmente, para uma definição
importante:
O que é
realmente um ateu?
Ateu é
aquele indivíduo que nega a existência de qualquer divindade. É um descrente em potencial,
pois não leva a sério nada que enalteça a grandeza divina. Muitos exprimem que
crer em Deus é uma utopia. Afirmam ainda que, só consubstanciado na emoção
exacerbada e destituída de razão, poderá confiar em um ser que ninguém vê.
Porém, de forma
opositiva a essa ideia, defendemos de forma enfática que: “Dá mais trabalho a uma pessoa explicar a razão de sua descrença em
Deus do que aquela que esclarece a razão de sua fé”.
O filósofo e teólogo
William Lane Craig, esplendidamente, chegou à seguinte conclusão: “Que é
possível acreditar em Deus usando a razão”. Aproveitando tal declaração,
realçamos o nosso entendimento e passamos a proceder com três simples perguntas
para um ateu convicto tentar responder:
- Como
explicar o Céu e tudo que o rodeia?
- Como
explicar uma célula humana?*
- Como
entender a elaboração de um olho humano?
Só estas três
perguntas já bastariam para colocar o mais convicto dos ateus em um beco sem
saída.
É imperativo
acreditar em um SER que transcende a totalidade da compreensão humana. Para um
simples mortal, é impossível explicar os mistérios da criação do mundo.
Conforme estabelecido no livro de Provérbios, no seu capítulo 30, versículo 19,
não temos nem condições de desvendar o caminho de uma águia,**
quanto mais tentar justificar um mundo sem criador e dissociado de um Deus que
tudo fez.
A descrença no Senhor
nunca afetará a sua importância. Mas, sinceramente, afirmamos que quem não
acredita no Criador terá sua caminhada afetada neste mundo, quanto mais na
eternidade. Crer em Deus é mais do que uma necessidade, pois, nesta crença, nos
tornaremos completos. Uma pessoa dissociada da fé no Senhor será
predominantemente vazia. Precisamos de um norte na vida, e isso só virá de
Deus. Necessitamos de um ser magnânimo, amoroso e que ultrapassa todos os
limites do conhecimento.
A transcendência*** de
um Ser majestoso e de muitas coisas inexplicáveis induz ao pensamento de que
Ele está muito distante de nós. Contudo, não é dessa forma. Muito embora Ele
seja ininteligível à compreensão humana, Deus mostrou-se muito simples ao
descer à Terra e assumir uma forma humana na pessoa de Jesus Cristo.
No seu livro “Mais
que um carpinteiro”, o autor Josh McDowell, outrora ateu, demonstra que, em
determinado momento de sua vida, quis provar a fragilidade da ressurreição de
Cristo. Após meses de uma tarefa difícil e demorada, ele espantou-se, pois os
documentos do Antigo e Novo Testamento, amplamente pesquisados, eram os mais
confiáveis da História antiga. Josh McDowell evidenciou pela razão uma compreensão
maior ao querer comprovar historicamente a existência da maior representação de
Deus na Terra: JESUS.
E este homem
esmerou-se em pesquisas intensas e teve que se dobrar a uma constatação final:
“Deus subsiste eternamente, pois Ele sempre existiu, existe e em todo tempo
existirá”. Poderia aqui continuar com várias defesas da crença em Deus; porém,
não achamos necessário. Para a fé, não são necessárias tantas explicações; sim,
deve ser colocada em ação.
Assim: “NÃO ACREDITAR EM DEUS É UMA OPÇÃO, MAS CRER
NELE SEMPRE SERÁ A MELHOR DECISÃO.”
______________
*Segundo Dr.
Marshall Nirenberg, prêmio Nobel de Biologia, temos em nosso corpo 60 trilhões
de células vivas. Em cada célula há um metro e setenta centímetros de fita DNA,
onde estão gravados e computadorizados todos os nossos dados genéticos. Se
esticarmos a fita DNA do nosso corpo, teríamos 102 trilhões de metros de fita,
ou seja, 102 bilhões de quilômetros. Poderíamos empacotar na cabeça de um
alfinete todos os dados genéticos dos mais de 6 bilhões de habitantes do
planeta. Códigos de vida não se originam do acaso nem de uma explosão cósmica.
(Fonte: página 13 do Livro “Sermões Completos com ilustrações e notas
exegéticas – Autor MARCOS KOPESLA, Ad – Santos Editora).
**O caminho da águia no ar é um
glorioso mistério. Flutuando e deslizando nas correntes de ar quente, a águia
consegue planar e circular majestosamente sem fazer quase movimento nenhum nas
suas asas.
***Aquilo que está acima da
inteligência humana.